Sarah Palin é a escolha de John McCain para a vice-presidência

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Sarah Palin DR

McCain vai oficializar a sua escolha esta tarde, num comício em Dayton, no Ohio, no dia em que completa 72 anos.

"Palin é uma política hábil, que demonstrou durante o seu mandato que está pronta para ser Presidente", lê-se num comunicado em que o candidato republicano anuncia a sua escolha, acrescentando que a governadora "conseguiu unir republicanos e democratas no seu executivo e tem um registo de mudança e reforma que é necessário em Washington".

Mais nova do que o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, é pouco conhecida a nível nacional, mas foi a primeira mulher e a mais nova governadora do estado do Alasca, cargo que ocupa desde Novembro de 2006.

Licenciada em jornalismo e comunicação, Palin foi "mayor" da pequena cidade de Wasilla, antes de ser nomeada, em 2003, para a Comissão de Conservação do Gás e Petróleo do Alasca, entidade responsável pela gestão dos recursos naturais do estado. Enquanto responsável pelo pelouro de ética, denunciou irregularidades e conflitos de interesses na gestão da entidade, acabando por demitir-se um ano mais tarde, em conflito com os seus correligionários, a quem acusou de falta de ética.

Dois anos mais tarde bateu o então governador Frank Murkowski nas primárias republicanas e depois venceu o candidato democrata Tony Knowles nas eleições estaduais. No seu primeiro mandato enquanto governadora, fez aprovar leis destinadas a reforçar a ética política, mas o seu nome tem também sido envolvido em suspeitas de abuso de poder.

A escolha conservadora de McCain

Mãe de cinco filhos, um com síndrome de Down e outro prestes a partir em comissão de serviço no Iraque, Palin é fervorosa opositora do aborto e membro efectivo da National Rifle Association, o poderoso "lobby" das armas nos EUA.

Palin é defensora de um maior aproveitamento das reservas naturais do estado, inclusivamente da exploração petrolífera na Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Árctico, uma medida que McCain não apoia publicamente mas que tem sido defendida pelas bases republicanas como forma de combater a dependência energética do estrangeiro.

Analistas ouvidos pela BBC sublinham que a escolha de Palin reflecte a clara intenção de McCain agradar, por um lado, ao eleitorado mais conservador do Partido Republicano, que o acusa de ser demasiado progressista, e por outro lado, arrecadar votos entre os apoiantes de Hillary Clinton que ficaram desiludidos com a vitória de Obama nas primárias democratas.

O seu nome acaba por ser uma surpresa, já que a maioria das fontes colocavam o governador do Minnesota, Tim Pawlenty, e Mitt Romney, candidato batido por McCain nas primárias, como os nomes mais prováveis para acompanhar o candidato republicano na corrida às presidenciais de Novembro. Caso McCain seja eleito, Palin será a primeira vice-presidente da história dos EUA.

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