Barbie versus Bratz
As recém-chegadas respondem às tweens, que querem ser adolescentes e brincar com bonecas
Barbie teve uma vida relativamente descansada durante 40 anos. Criada em 1959 por Ruth Handler (cujo marido Elliot fundou, com Harold Mattson, a Mattel, para comercializar a primeira Barbie, na foto), viu as tweenies - raparigas entre os sete e os 14 - fugir-lhe em 2001, quando surgiram as Bratz. "A Barbie tem tido concorrência, como a Cindy dos anos 80, por exemplo, mas esta é a primeira vez que tem verdadeira concorrência", comenta Gary Grant, presidente da Associação de Retalhistas de Brinquedos britânica. Depois de anos de críticas pelo estilo de vida e elegância irrealista que Barbie promovia - uma magreza e curvas anatomicamente impossíveis - hoje "os pais preferem a Barbie porque é sadia, enquanto as filhas preferem as Bratz porque são mais cool e um pouco mais rebeldes", acrescenta. Usam roupas mais reduzidas, são mais urbanas e a MGA Entertainment diz que se tornaram "a marca número 1 de bonecas no mundo". As Bratz também conquistaram o grupo etário nuclear para a Barbie (6-10 anos), porque a Mattel não antecipou "que o factor de compressão etária" pedia um reajustamento da indústria, analisava em 2006 o IBS Case Development Center. As crianças querem ser adolescentes mais cedo, mas continuar a brincar, e a MGA tinha uma boneca "que apelava às raparigas que desejavam mais maturidade", com versões multiculturais "que atraíam compradores mais diversificados". J.A.C.