Movimento contesta reabertura da ponte romana de Chaves ao trânsito automóvel
Autarquia admite intenção de voltar a permitir automóveis na ponte construída no século I
a A provável reabertura da ponte romana de Chaves ao trânsito automóvel está a gerar muitas críticas e contestação de parte da sociedade flaviense. A contestação levou ao surgimento de um movimento cívico de cidadãos, denominado Pont"a pé que acusa a câmara municipal de não "cumprir" com o conteúdo da memória descritiva da obra, na qual era preconizada uma intervenção naquele monumento nacional, visando a sua posterior utilização apenas como via pedonal.Maria José Guimarães, em nome deste movimento, espontâneo de cidadãos, acusa a autarquia de não estar a "cumprir" com o que foi prometido, há cerca de um ano. Nesse encontro, frisa, o presidente da edilidade "garantiu", que a requalificação deste ex-líbris da capital do Alto Tâmega visava o reforço da segurança da ponte, a utilização de materiais que reproduzissem a calçada original e, fundamentalmente o encerramento total ao trânsito, passando a ser, apenas e só, uma via pedonal.
Ora, o movimento Pont"a pé, aponta o dedo ao autarca, por ter alegadamente "cedido a pressões" de alguns comerciantes, para a reabertura ao transito daquela edificação romana cuja construção data do fim do século I d.C. Criticam ao mesmo tempo a utilização de "materiais, modernos, um pouco desadequados" com a traça original do monumento.
Não haverá referendoJoão Baptista, presidente da câmara, diz que a "decisão sobre a reabertura da ponte ao trânsito, ainda não está tomada e que as obras na ponte estarão concluídas dentro de um mês. O autarca assume que, de facto, a ideia da autarquia é reabrir a ponte ao trânsito das 8h00 às 20h00, nos dias úteis e mantê-la encerrada durante a noite, aos fins-de-semana e feriados.
Baptista afirma também "que o ministério da Cultura, que tem a tutela do monumento, está a ser ouvido e terá uma palavra a dizer em todo o processo". No entanto, explica que "a decisão será política e não haverá lugar a referendo, como já foi aventado".