Petit despede-se da selecção portuguesa de futebol no Euro 2008

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O jogador participou no Europeu de 2004 e nos Mundiais de 2002 e 2006 Mike Finn-Kelcey/Reuters (arquivo)

"Já fiz um Europeu (2004) e dois Mundiais (2002 e 2006). Vai ser a minha última fase final e espero acabar em grande", afirmou o número 8 da formação das "quinas", pela qual se estreou a 2 de Junho de 2001, em Dublin (1-1 com a República da Irlanda).

O jogador do Benfica vai despedir-se, mas garante que a selecção lusa fica em boas mãos: "temos aqui grandes jogadores, que são o futuro do nosso país. Está na altura... já dei muito ao nosso país e à nossa selecção". "Provavelmente vão ser os meus últimos jogos na selecção", rematou Petit, que, quanto à concorrência para a titularidade no Euro 2008, reconheceu: "eu e o Deco somos as carcaças", disse, fazendo o paralelo com Miguel Veloso, João Moutinho e Raul Meireles.

Petit foi convocado para o Euro 2008, mas o seu nome chegou a estar, pelo menos em alguns órgãos de comunicação social, em dúvida, face a uma época menos conseguida, como o próprio reconheceu, devido a uma série de lesões, muitas das quais traumáticas. "Se temi não ser chamado? Não, pois já tinha falado com o 'mister'. Tenho vindo a fazer parte desta família e sempre ajudei a selecção ao máximo. Foi a primeira época que me correu mal, mas ele conhece o meu trabalho, sabe que posso estar ao meu melhor", frisou.

Lesões responsáveis pela má época

Petit quer agora retribuir a confiança, como sempre fez a cada chamada: "Ele apostou em mim e agora tenho que o ajudar, a ele e à selecção. Tenho vindo a trabalhar bem para que possa estar ao meu melhor nível na fase final e mostrar, de novo, o meu valor". O facto de não ter rendido o habitual apenas teve a ver com lesões, segundo o jogador do Benfica: "Razões para as oscilações? Foram as lesões. Comecei logo por perder três semanas da pré-época e quem não a faz bem sente sempre dificuldades ao longo da época". "Depois, estive dois meses parado devido a um problema no joelho, e sofri mais lesões traumáticas", lamentou Petit, que apenas disputou 17 jogos na edição 2007/2008 da Liga portuguesa.

Quanto à titularidade, o médio "encarnado" é da opinião que os 23 eleitos têm todos esse desejo: "Todos vamos ter oportunidades de jogar. O mister decidiu que estes 23 eram os melhores e agora tem de escolher quais vão entrar de início". Segundo Petit, os 23 de Scolari podem chegar longe: "O que prometemos? O mesmo de sempre, depois de termos atingido a final do Europeu e as meias-finais do Mundial".

Ainda assim, nada como ser prudente: "Os portugueses colocam sempre a fasquia muito alta, mas temos de respeitar os adversários, que são fortes. É essencial entrar bem, pois a primeira fase é muito difícil e, se não a passarmos, não chegamos a lado nenhum". "Se formos unidos, fortes e coesos podemos chegar longe", frisou Petit, que, antecipando a estreia (7 de Junho, em Zurique, frente à Turquia), falou em dificuldades: "É uma excelente selecção, com jogadores experientes e muito forte no contra-ataque".

Por seu lado, Jorge Ribeiro, que considerou a chamada como "um sonho tornado realidade", afirmou que prefere jogar como defesa esquerdo do que como médio esquerdo, mas disse estar ao dispor de Luiz Felipe Scolari para actuar na posição que o seleccionador entender. "Sou o único esquerdino. Se isso é uma vantagem? O Paulo Ferreira é um excelente jogador, como mostrou no Euro 2004 e no Mundial 2006 e no seu clube (o Chelsea)", afirmou o jogador "axadrezado", que não quis comentar a ausência de Maniche.