Resíduos de mármore vão ser valorizados em Borba
a Uma área para deposição de resíduos provenientes da exploração dos mármores está a ser construída no concelho de Borba, distrito de Évora, devendo estar concluída em Outubro. Segundo o presidente da câmara local, Ângelo de Sá, a área de deposição comum (ADC) de Borba, e as quatro vias de acesso, praticamente concluídas, envolvem um investimento global de cerca de seis milhões de euros. O autarca disse à Lusa que o depósito de resíduos vai servir apenas as unidades de extracção e transformação de mármores do concelho, sendo o primeiro dos quatro previstos para a zona dos mármores alentejanos. No concelho de Vila Viçosa serão construídos mais dois e um no de Estremoz. "A ADC, assim como as vias de acesso, são dois projectos fundamentais para o desenvolvimento do concelho", declarou o autarca de Borba. "Estamos a dar um passo importante na defesa do ambiente e na resolução, que esperamos que seja rápida, de um problema ambiental na zona dos mármores", realçou. A construção da ADC de Borba, junto à zona industrial do Alto dos Bacelos, cuja primeira fase envolve uma área de 20,8 hectares e um investimento de 3,3 milhões de euros, é um projecto da empresa EDC Mármores, Empresa Gestora das Áreas de Deposição Comum, SA.
A empresa resultou de uma parceria entre os municípios de Borba, Estremoz, Vila Viçosa e Alandroal, que integram a zona dos mármores do Alentejo, a Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores (Assimagra), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e empresas do sector dos mármores. Ângelo de Sá considerou que o investimento permitirá "a valorização dos subprodutos provenientes das unidades extractivas e de transformação dos mármores", tendo em vista o seu "escoamento e comercialização". A ADC de Borba vai armazenar e valorizar todas as tipologias de resíduos das empresas extractivas e transformadoras de rochas ornamentais.