Atentado em Kandahar: oito mortos e 27 feridos em ataque suicida

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O carro explodiu à passagem de uma coluna militar estrangeira em pleno centro de Kandahar Haraz N. Ghanbari/Reuters (arquivo)

"Pelo menos oito pessoas foram mortas e 24 feridas, duas das quais polícias", anunciou o chefe de polícia provincial, Sayed Agha Saqeb.

Pensou-se inicialmente que o alvo do ataque fosse uma coluna militar canadiana, da Força de Assistência à Segurança (Isaf) da NATO, mas os responsáveis militares desse país desmentiram, porém, a presença das suas tropas no sul do país.

Uma porta-voz dos cerca de 2500 soldados canadianos, a capitã Josée Bilodeau, indicou à AFP que "nenhum canadiano esteve implicado neste incidente". "Não fomos nós o alvo", indicou.

Um porta-voz da coligação internacional, sob comando americano, o tenente-coronel Richard Ulsh, indicou apenas que estaria prestes a receber informações, não confirmando nem desmentindo que os três soldados estrangeiros pudessem pertencer, ou não, à coligação.

O carro explodiu à passagem de uma coluna militar estrangeira, segundo o chefe da polícia, em pleno centro de Kandahar, a segunda cidade do país e antigo feudo dos taliban.

O atentado ocorreu perto de um posto de polícia, indicou por seu lado o repórter da AFP no local.

As forças policiais bloquearam o acesso ao local do atentado, reivindicado por um porta-voz dos taliban, Youssuf Ahmadi: "Fomos nós que o fizemos", afirmou.

Afastados do poder em 2001 por uma coligação internacional sob comando americano, por apoiarem e darem cobertura à al-Qaeda, após cinco anos de poder, os radicais muçulmanos lançaram-se numa insurreição sangrenta contra o Estado e contra os cerca de 70 mil soldados estrangeiros - NATO e coligação internacional sob comando americano - que o apoiam.

No ano passado, o mais mortífero desde o início da insurreição, 160 atentados suicidas foram perpetrados e as violências fizeram, no total, mais de oito mil mortos, segundo a ONU.

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