União Budista Portuguesa e Grupo de Apoio ao Tibete convocam para quarta-feira vigília de solidariedade

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As organizações apelam ao Governo português que exorte a comunidade internacional a mobilizar-se Gopal Chitrakar/Reuters

Com o lema "Ontem por Timor, hoje pelo Tibete", a iniciativa está marcada para as 19h00.

Segundo os organizadores, a convocação surge "na sequência dos graves acontecimentos que ocorrem em Lhasa e noutros pontos do Tibete.

Os incidentes na capital tibetana ocorreram no âmbito de uma campanha de protestos empreendida desde o passado dia 10 pelos monges budistas para recordar o aniversário da fracassada rebelião tibetana contra o poder chinês em 1959, que motivou a fuga para o exílio do Dalai Lama.

Estes acontecimentos, refere a União Budista Portuguesa e o Grupo de Apoio ao Tibete, surgem devido a quase 60 anos de brutal ocupação, opressão e violação dos direitos humanos por parte do governo chinês.

"Convocamos todos para uma concentração e vigília de solidariedade com o povo tibetano, a favor do fim da repressão e da violência e do respeito pelos direitos humanos no Tibete", refere a União Budista Portuguesa e o recém-criado Grupo de Apoio ao Tibete (G.A.T.).

As duas organizações apelam ao Governo português que exorte a comunidade internacional a mobilizar-se, tal como aconteceu no passado com Timor-Leste.

"Quando os governos, as Nações Unidas e os poderosos deste mundo permanecem indiferentes, desprezando as causas humanitárias em prol dos interesses económicos, cabe aos cidadãos indignarem-se e solidarizarem-se com os seres humanos como nós que estão a ser violentados e oprimidos", referem.

A União Budista Portuguesa e a Songtsen-Casa da Cultura do Tibete estão ainda a promover uma petição online para que a Assembleia da República portuguesa aprove uma moção de censura à sistemática violação dos Direitos Humanos e das Liberdades Política e Religiosa no Tibete, por parte do Governo Chinês. Esta petição, que já excedeu numa semana as 1800 subscrições, tem como meta atingir as 4000 assinaturas, o que tornará obrigatória a sua discussão na Assembleia da República.

Em 1950, o Tibete foi ocupado militarmente pela China e o governo de Pequim argumenta que este território faz parte do seu país.