Espólio de Maria Gabriela Llansol doado à Associação de Estudos Llansolianos
"Estamos a começar a tratar as dezenas de cadernos manuscritos, dos diários que Maria Gabriela escreveu desde os tempos em que viveu na Bélgica", disse à Lusa João Barrento, que integra a direcção do Espaço Llansol - Associação de Estudos Llansolianos.
A associação, de que também fazem parte Hélia Correia, Manuel Gusmão e Maria Etelvina Santos, está a digitalizar e a transcrever esses cadernos, um processo que pode ser acompanhado através do blogue do Espaço Llansol.
Os cadernos, que contêm quinze a vinte mil páginas e papéis manuscritos, apresentam textos, desenhos e colagens da autora.
"Até hoje, a autora nunca deixou de acompanhar a escrita dos seus mais de trinta livros com a destes cadernos, que, apresentando paralelos e convergências com as obras editadas, vão muito para além delas e constituirão um instrumento fundamental para a investigação e o esclarecimento da Obra desta autora singular da nossa literatura contemporânea", escreveu João Barrento no blogue Em Dezembro último.
Maria Gabriela Llansol deixa obras como "O Livro das Comunidades" (1974), "Causa amante" (1984), "Um falcão no punho" (1985) e "Um beijo dado mais tarde" (1990).