Brasileiro substituiu Benaglio na baliza do Nacional
Bracalli esperou ano e meio no banco para mostrar como não se sofre golos
Quando Diego Benaglio deixou o Nacional e o campeonato português para ir para o Wolfsburgo e para a Bundesliga no início deste ano, até os menos cépticos adeptos desconfiaram. A baliza dos "alvi-negros" ficaria desgovernada ou, então, sem tão bom governo. Mas parece que se enganaram: o nome de Rafael Wihby Bracalli começa a ecoar forte e bom som no Estádio da Madeira - um ano e meio de espera no banco de suplentes parece ter compensado. Desde que este brasileiro de 26 anos calçou as luvas para substituir o internacional suíço, a sua equipa ainda não sofreu golos - e vão quatro jogos (360 minutos). Há quem fale em sorte, é verdade que viu duas bolas na barra, lançadas com violência, ambas por Paulo Machado, em duas ocasiões do Leixões. Mas aquilo a que o treinador castigado Jokanovic e os adeptos assistiram das bancadas foi a uma exibição soberba de Bracalli. Que o digam Jorge Gonçalves, Paulo Machado e Roberto. Este último nem quis acreditar no que aconteceu ao minuto 81", quando viu o seu remate negado pela mão do brasileiro. "Foi nos limites! A única opção que tive perante o desvio foi reagir com o braço direito, sem dúvida muito importante no jogo", desabafou, no final, ao Record. Três minutos depois, o Nacional marcou. A vitória começou nas mãos de Bracalli, um guarda-redes que sofre poucos golos: só foi batido para a Taça de Portugal ante o V. Guimarães. V. Setúbal, Benfica, V. Guimarães de novo e Leixões não o conseguiram fazer na Liga. F.E.L.