Violências pós-eleitorais no Quénia já fizeram mais de 1500 mortos

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O Quénia, um dos países mais estáveis de África até ao final do ano passado, mergulhou no caos e na violência em Dezembro Noor KhamisReuters

"Os nossos números indicam que mais de 1500 pessoas foram mortas nos confrontos tribais, nos motins políticos e nas violências relacionadas com as eleições", declarou à AFP, sob anonimato, um alto responsável policial.

"Mais de 1500 pessoas foram mortas no Quénia. Elas foram mortas em confrontos espalhados pelo país", comentou um alto responsável policial, igualmente sob anonimato.

A grande maioria das vítimas foram mortas nas semanas que se seguiram às eleições de 27 de Dezembro. No momento presente, a tensão parece ter diminuído.

Um balanço precedente das fontes policiais e da Cruz Vermelha dava conta de mais de mil mortos nas violências pós-eleitorais.

Depois do final de Dezembro, o Quénia mergulhou numa crise sem precedentes, nascida da contestação dos resultados por parte do líder da oposição, Raila Odinga.

Os campos do governo e da oposição têm mantido encontros desde o dia 29 de Janeiro, sob mediação do antigo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, a fim de se encontrar uma solução pacífica para a crise. Os negociadores regressaram hoje a Nairobi para finalizarem um possível acordo entre as duas partes. Raila Odinga já ameaçou voltar às manifestações populares, se não se alcançarem progressos nas negociações.

O Quénia, um dos países mais estáveis de África até ao final do ano passado, mergulhou no caos e na violência em Dezembro, caíndo numa das piores crises da sua história desde a sua independência, em 1963.

Para além dos 1500 mortos, cerca de 300 mil pessoas foram deslocadas durante as violências político-étnicas.

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