"Este País não é para Velhos", dos irmãos Coen, vence Óscar de melhor filme
"Este País não é para Velhos", a adaptação de um romance de Cormac McCarthy que conta a história de um negócio de droga que dá para o torto, no sul do Texas, venceu ainda a estatueta dourada para melhor guião adaptado e o espanhol Javier Bardem levou ainda para casa, pelo mesmo filme - no qual desempenha o papel de um psicopata de poucas falas - o Óscar de melhor actor secundário.
"Este País não é para Velhos" arrebata assim quatro estatuetas e é exibido hoje, em ante-estreia, no Fantasporto.
Ao aceitar o prémio, Joel Coen falou de como ele e o irmão, Ethan, fazem filmes desde crianças. "Honestamente, aquilo que fazemos agora não me parece muito diferente do que fazíamos nessa altura", gracejou Joel.
O prémio de melhor actor foi arrebatado pelo britânico Daniel Day-Lewis ("Haverá Sangue") e o de melhor actriz por Marion Cotillard ("La Vie en Rose"), a primeira francesa a ganhar um Óscar desde que Simone Signoret levou uma estatueta para casa, em 1960.
O Óscar de melhor actriz secundária foi entregue à também britânica Tilda Swinton ("Michael Clayton - Uma questão de consciência").
Desde 1964 que os quatro principais prémios de interpretação não iam para as mãos de actores e actrizes não-americanos.
O filme austríaco sobre o drama do Holocausto "Die Fälscher" ("Os Falsificadores") venceu o Óscar de melhor filme em língua estrangeira. Dirigido por Stefan Ruzowitzky, o filme deu à Áustria o primeiro Óscar da sua história nesta categoria.
Como era de esperar, "Ratatui", da Disney, venceu o Óscar de melhor filme de animação.
"Expiação", um dos grandes favoritos da noite, acabou por ser o maior derrotado da cerimónia, levando apenas o Óscar de melhor banda sonora original, da autoria de Dario Marianelli. A melhor canção original escolhida pela Academia foi Falling Slowly, do filme "Once".