Guionistas voltam amanhã ao trabalho após greve de 3 meses
a Amanhã, os 10.500 argumentistas norte-americanos em greve desde 5 de Novembro voltam ao trabalho. Os dirigentes da Guilda dos Argumentistas da América (GAA) concordaram com a proposta de acordo estabelecida com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (APCT) e cancelaram os piquetes que há mais de três meses enxameavam as entradas de empresas de entretenimento."Este é o melhor acordo que a guilda negociou em 30 anos, depois da greve mais bem sucedida desta guilda em 35 anos", disse o presidente do ramo oeste da GAA, Patric Verrone. O ponto de viragem do impasse negocial terá sido o cancelamento da cerimónia dos Globos de Ouro, a 13 de Janeiro, pela solidariedade dos actores com os argumentistas. "Assim que se aperceberam de que a comunidade criativa estava unida" e que os argumentistas tinham o apoio dos actores, os produtores perceberam que "sem talento criativo, nada se pode produzir".
O acordo provisório com a APCT, que representa os sete grandes grupos de estúdios, foi conseguido na sexta-feira e apresentado domingo aos dirigentes sindicais em reuniões em Nova Iorque e Los Angeles. Ontem e hoje, os membros da GAA votam a proposta e devem ratificá-la. A ratificação oficial deve ocorrer nas próximas duas semanas.
O acordo duplica as tarifas pagas a argumentistas pelas vendas de downloads pela Internet, dá à GAA jurisdição sobre conteúdos para os novos media e tabela as comissões para o streaming de programas com publicidade, que, ao contrário do que acontecia até aqui com os DVD, eram fixas. Isso não representa grandes lucros, mas "claramente o que importa é o princípio, ao obter uma percentagem, em vez de comissões fixas", esclareceu Bowman.
Alguns produtores executivos e/ou criadores de programas (showrunners) voltaram ao trabalho ontem, mas sem escrever. Os argumentistas de regresso terão de pôr em curso a produção de filmes e novos episódios de séries, além de preparar episódios-piloto para o Outono.