José Sócrates anuncia construção do novo aeroporto em Alcochete
No final do Conselho de Ministros, José Sócrates, acompanhado pelo ministro da Obras Públicas, Mário Lino, sustentou a decisão com base no relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), citando a síntese executiva do documento para justificar que Alcochete é, do ponto de vista técnico e financeiro, "globalmente mais favorável" do que a Ota, a outra solução para o novo aeroporto.
O primeiro-ministro, que hoje falou pela primeira vez no final de um Conselho de Ministros, explicou a que a decisão do seu Executivo pelo campo de tiro de Alcochete assenta em "quatro dos sete factores críticos de decisão" apontados no relatório do LNEC: segurança, eficiência e capacidade das operações do tráfego aéreo; sustentabilidade dos recursos naturais e riscos; compatibilidade e desenvolvimento económico e social; e avaliação financeira.
Sublinhando que o relatório é “bastante claro” e que “as suas conclusões evidenciam que ambas as soluções, Ota e Alcochete, eram viáveis e sustentáveis”, Sócrates reforçou que a escolha pela localização na Margem Sul é “aquela que descansa” o Governo em dois aspectos: condições de segurança e operacionalidade. O primeiro-ministro acrescentou que do ponto de vista ambiental esta é também uma opção segura.
“O país precisa de andar para a frente. Precisamos de construir o novo aeroporto rapidamente”, afirmou ainda o chefe de Governo, frisando que a escolha anunciada hoje foi feita “em nome dos interesses do país”.
Terceira travessia sobre o Tejo entre Barreiro e ChelasNo final da reunião de Conselho de Ministros, José Sócrates fez outra revelação: o estudo do LNEC defende que a terceira travessia sobre o Tejo deverá ser construída será entre Barreiro e Chelas. O laboratório propõe ainda que ponte tenha trânsito rodoviário e ferroviário.
O primeiro-ministro indicou que se trata de uma “decisão preliminar” e que “só deve ser definitiva quando houver uma consulta pública”.