Estrela goleia V. Guimarães em jogo atípico
A sorte voltou as costas aos vimaranenses, que acertaram por quatro vezes nos ferros da baliza adversária e ainda sofreram um autogolo
Jogo no Estádio José Gomes, na Reboleira. Assistência: cerca de 1500 espectadores.
E. Amadora Nélson, Rui Duarte, Wagnão, Maurício, Hélder Cabral, Fernando, Tiago Gomes, Nuno Viveiros (Hugo Carreira, 75"), Mateus (Marco Paulo, 81"), Ndiaye (Pedro Pereira, 57") e Anselmo.
V. Guimarães Nilson, Andrezinho, Geromel, Márcio Martins, Desmarets, João Alves (Carlitos, 64"), Flávio Meireles, Fajardo, Alan (Targino, 78"), Miljan e Ghilas (Filipe, 68").
Árbitro: Rui Costa, do Porto.
Amarelos: para Hélder Cabral (30), Marco Paulo (66), Anselmo (68) e Tiago Gomes (72).
Golos: 0-1, por Miljan, aos 36"; 1-1, por Nuno Viveiros, aos 52"; 2-1, por Geromel, aos 61" (pb); 3-1, por Hélder Cabral, aos 71"; 4-1, por Pedro Pereira, aos 86".
E. Amadora 4
V. Guimarães 1
a Há dias em que não vale mesmo a pena sair de casa. Assim deverá pensar o treinador do V. Guimarães, Manuel Cajuda, goleado na Reboleira após um jogo em que a sua equipa produziu um caudal ofensivo que em nada condiz com o desfecho final.
Paralelamente, os vimaranenses perderam a oportunidade de saltar para o 3.º lugar do campeonato, por troca com o Sporting. Os pupilos de Cajuda foram incapazes de travar um Estrela que concretizou praticamente todas as ocasiões de que dispôs.
Daúto Faquirá lançou Viveiros no lugar de Yoni, face ao encontro da jornada anterior, na Luz, mas come-
çou o encontro encostado à sua grande área. No figurino habitual do
V. Guimarães, apenas uma novidade na defesa, com a troca do castigado Sereno por Márcio Martins.
Os vimaranenses tomaram conta do jogo logo no início, e dispuseram de várias ocasiões para inaugurar o marcador. Numa delas, aos 34", o mé-
dio João Alves rematou ao poste para, dois minutos depois, o domínio forasteiro ser materializado com o primeiro golo da partida, obra do sérvio Miljan. A escassa vantagem verificada ao intervalo seria fatal pa-
ra os minhotos, que seriam surpreendidos com uma resposta letal dos homens da casa. "Uma catástrofe", como lhe chamou Cajuda no final do encontro.
O recomeço da partida teve mais do mesmo, com mais um remate do V. Guimarães ao poste (por Miljan) e tanto desperdício acabou por ter consequências. À passagem dos 52", Nuno Viveiros dobrou Nilson e fez o empate para Geromel, aos 61", colocar os estrelistas na frente através de um autogolo. Dez minutos volvidos, e já depois de a bola ter embatido por mais duas vezes nos ferros da baliza de Nélson, foi Hélder Cabral que, após um passe cirúrgico de Mateus, aumentou para 3-1. Quando já nada parecia poder correr pior, foi Pedro Pereira a desferir um remate da meia-direita que embateu em Geromel e traiu Nilson, fechando as contas em 4-1.
A eficácia foi, na opinião de Daúto Faquirá, a chave para o resultado vo-
lumoso verfificado no final do encontro. "Hoje, a espaços, ficou patente que defrontámos uma equipa melhor que a nossa", assumiu o técnico tricolor, não deixando de se congratular por um resultado que considera "óptimo".
Incrédulo, o treinador do V. Guimarães preferiu salientar a boa exibição da equipa, que desferiu várias bolas ao poste e sofreu um autogolo. "Não sei o que aconteceu (...) foi um jogo anormal", afirmou Cajuda, que teve dificuldades em explicar o porquê da derrota. "Dominámos o encontro, mas o resultado foi assim", concluiu.