Numa cabina à prova de bala, Adolf Eichmann ouviu "placidamente" a sua condenação à morte anunciada pelos juízes no Supremo Tribunal de Israel, a 15 de Dezembro de 1961, noticiou na altura uma reportagem televisiva disponível no Canal História. Morreu por enforcamento, a 31 de Maio de 1962, perto da cidade israelita de Telavive. Mas até que aquele que é considerado o coordenador da Solução Final se ter sentado no banco dos réus houve um longo percurso. Foi em 1942 que este oficial das SS foi incumbido de identificar, juntar e transportar todos os judeus da Europa ocupada pelos nazis para campos de concentração. Fê-lo de forma de tal modo eficiente que três a quatro milhões acabaram por aí morrer e outros dois milhões foram executados noutros locais. A seguir à II Guerra Mundial, Eichmann chegou a ser capturado pelas tropas americanas, mas conseguiu escapar do campo de prisioneiros de guerra em 1946, a tempo de se escapar aos julgamentos de Nuremberga. Quatro anos mais tarde, soube-se que estava a viver na Argentina e membros da polícia secreta, a Mossad, foram capturá-lo (na foto, Eichman está na sua cela em Israel). Em Abril de 1961, o julgamento começou. Enfrentou 15 acusações, incluindo crimes contra a Humanidade e contra o povo judeu e crimes de guerra. Alegou estar apenas a cumprir ordens, mas os juízes do tribunal superior israelita deram como provadas todas as acusações.