Austrália é o país que mais CO2 emite para produzir energia

a A produção de electricidade é responsável por 25 por cento das emissões anuais de gases com efeito de estufa. Qual é o país que mais gases lança para a atmosfera? Se a contagem for em termos absolutos, quem ganha esta honra duvidosa são os Estados Unidos, seguidos de muito perto pela China. Mas se as contas forem feitas per capita, relacionando a quantidade de gases emitidos com o número de pessoas que vivem no país, o campeão dos implicados no aquecimento global é a Austrália.As centrais eléctricas do país dos cangurus, que tem grandes zonas desérticas, emitem anualmente 205 milhões de toneladas anuais de dióxido de carbono (CO2). Em termos absolutos, fica bem distante das 2530 milhões de toneladas produzidas pelos EUA, ou das 2430 da China. Mas os pouco mais de 20 milhões de australianos, em comparação com os 300 milhões de norte-americanos e 1300 milhões de chineses, fazem com que quem saia mais mal visto nestas contas seja a Austrália.
No país do Sul, as centrais eléctricas são pouco eficientes: emitem dez toneladas de dióxido de carbono por pessoa, enquanto as dos EUA se ficam por 8,2 toneladas. O Reino Unido vem a seguir, com 3,2 toneladas, e só depois surge a China, com 1,9. Na peugada vem a Índia, outra economia em desenvolvimento, cujas centrais eléctricas emitem meia tonelada de CO2 por habitante.
Estes dados são do projecto Carma, a primeira base de dados global sobre as emissões de gases com efeito de estufa pelas centrais eléctricas (consultável no site http://carma.org ). Colige informação sobre 50.000 centrais em todo o mundo, complicada pelo Centro para o Desenvolvimento Global, um instituto de investigação norte-americano que se concentra na forma como as acções dos países ricos afectam as nações em desenvolvimento.
Há muitos números interessantes nesta análise. Por exemplo, uma única central eléctrica norte-americana - em Juliette, no estado da Geórgia - emite anualmente tanto CO2 como todas as centrais do Brasil, sublinha o jornal The Washington Post.

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