Restava ao filme a vontade de ficcionar sobre os amores e sobre o carisma e encenação da pompa real. Ora, desse ponto de vista, estamos conversados: sensaboria total; uma Cate Blanchett cabotina e sonâmbula a fingir de "grande estrela"; um guarda-roupa luxuriante, que abafa qualquer hipótese de composição dramática. Que saudades este filme nos dá dos retratos de Bette Davis (sobretudo em "A Rainha Virgem", velha e de peruca), que, ao menos, assumia com total frontalidade a falsidade da representação.
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