"Não queremos pedir dinheiro, vamos realizar espectáculos com leilão", dizem os responsáveis
pela popular instituição
de Espinho

A Momentos teatrais e musicais, um espectáculo de dança contemporânea e um leilão de pinturas, fotografias, esculturas e entradas para iniciativas culturais compõem o programa da próxima peça do Teatro Popular de Espinho, uma das secções da Cooperativa Nascente, que estreia amanhã, a partir das 21h30. "Precisamos de arranjar fundos para fazer obras de beneficiação no tecto e no chão do palco do auditório do teatro e queremos fazê-lo de uma forma elegante e criativa", explica Carlos Luís Gaio, um dos cerca de 20 elementos amadores da companhia teatral espinhense. "Não queremos pedir dinheiro, mas sim realizar um misto de espectáculos com um leilão", acrescenta. Mãos à Obra é o nome do serão, com cocktail incluído, que coloca à disposição da plateia várias obras de arte de artistas plásticos espinhenses considerados de referência, que preferem o anonimato até ao dia do leilão. A missão é, portanto, renovar o auditório com mais de 25 anos de existência. "Será uma noite de amigos e com recursos da casa", salienta o responsável.
A Cooperativa Nascente surgiu em 1976 como uma associação de intervenção cultural. A actividade que lhe tem dado mais visibilidade é o Cinanima, Festival Internacional de Cinema de Animação, que vai já na 31.ª edição, com data marcada para 5 a 11 de Novembro no Centro Multimeios de Espinho. "É o festival mais antigo em actividade permanente", destaca o presidente da Nascente, António Cavacas. Actualmente, a Nascente organiza o evento dedicado ao cinema de animação de todo o mundo, em colaboração com a Câmara de Espinho, que entretanto se associou a esta organização. "Além do Cinanima, como actividades vivas e permanentes temos o teatro, que funciona de forma regular, e a publicação do jornal Maré Viva". Actividades ligadas à fotografia também já fizeram parte do currículo da Cooperativa Nascente.

O edifício da Câmara de Espinho foi assaltado na madrugada de ontem. Fonte da autarquia disse que os intrusos "estiveram por todo o edifício camarário", tendo levado alguns artigos "que fossem facilmente transaccionáveis", de valor global ainda não apurado. A inventariação dos artigos roubados e dos prejuízos provocados não estava ontem concluída, aguardando pelo levantamento que estava a ser efectuado por funcionários da autarquia, em colaboração com a Unidade de Polícia Técnica da PSP de Aveiro. Lusa