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É também uma das melhores adaptações de King em muito tempo, fiel mais ao espírito do que à forma do conto original, graças à sua estrutura pouco convencional que vê toda a acção centrar-se, praticamente em tempo real, numa única personagem fechada num quarto de hotel - um pequeno desafio cinemático do qual o sueco Mikael Hafström se sai a contento, com elegância e sobriedade, apostando no ambiente e na atmosfera mais do que nos efeitos visuais (usados parcimoniosamente) e, sobretudo, acertando em cheio ao escolher John Cusack (bem melhor do que o temos visto recentemente) para o papel principal que transporta o filme aos ombros sem esforço.

Um filme de terror sólido, sóbrio, honesto, razoavelmente inteligente (pena que a tangente feita às "perdições" do escritor fique só mesmo pela tangente) e mais adulto do que a média do género.

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