Regras básicas de médicos e enfermeiros, como lavar as mãos, não são cumpridas

a As infecções hospitalares afectam pelo menos sete por cento dos doentes internados em Portugal, segundo o director-geral de Saúde, Francisco George. E boa parte dos casos deve-se a erros ou incidentes, que poderiam ser evitados. "Mais do culpabilizar médicos e enfermeiros por eventuais erros, há que estudar a sua origem, como acontecem e em que condições ocorrem", disse Francisco George à agência Lusa.Um exemplo prático: não lavar as mãos com frequência é uma receita segura para infecções hospitalares. Além desse procedimento elementar, o director-geral de Saúde também cita o controlo da resistência das bactérias aos antibióticos como outro exemplo de medida para conter as infecções.
Incidentes como as infecções hospitalares estarão no centro de uma conferência internacional que começa hoje, no Porto, sob o tema Investigação em Segurança dos Doentes - Influenciar a Agenda Europeia.
O objectivo, segundo Fransico George, é "consensualizar as prioridades para a investigação em segurança dos doentes, quer em países desenvolvidos, quer em países em desenvolvimento". A conferência vai reunir cerca de 400 académicos, decisores políticos e representantes de sistemas de saúde da União Europeia.