Portugueses envolvidos na recuperação da Gorongosa

a Possibilitar que cerca de 15 jovens recém-licenciados portugueses possam integrar os trabalhos de reabilitação do Parque Natural da Gorongosa (PNG), na província de Sofala, em Moçambique, é o objectivo do acordo firmado ontem entre o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e a Fundação Carr, que gere o PNG.Os jovens, peritos em áreas que o PNG considere prioritárias para as comunidades que vivem nos arredores do parque e para o seu projecto de recuperação e conservação ambiental, ficarão na Gorongosa entre seis meses a um ano, serão escolhidos por concurso e receberão cerca de 400 euros.
Simultaneamente, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, que está em visita oficial a Moçambique, lançou a primeira pedra do futuro centro educativo da Gorongosa, um parque com 3790 quilómetros quadrados. Com quatro salas de aulas, dois dormitórios, cozinha e balneários, o centro educativo é financiado em 500 mil euros pelo IPAD e em 500 mil euros pela Carr. A poucas centenas de metros da comunidade de Chitengo, o centro educativo, que só deverá estar concluído em meados do próximo ano, será orientado para o desenvolvimento das cerca de cem mil pessoas que vivem em redor do PNG.
O "renascimento" da Gorongosa "é um projecto de extrema importância para a região em que se insere" e "é fundamental" para a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em Moçambique, disse João Gomes Cravinho. "É um projecto extremamente ambicioso, mas realizável", salientou o secretário de Estado, realçando que o centro pretende contribuir para "a sustentabilidade económica" da região, que, no ano passado, viu 83 por cento da sua área ardida, devido às frequentes queimadas que as populações locais realizam para poderem plantar, abrir caminhos ou afugentar abelhas e que a Fundação Carr tenta "reverter com alternativas", indicou o administrador do PNG, Baldeu Chande.
O PÚBLICO viaja a convite da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação
50%

do custo do centro cuja primeira pedra foi lançada por Gomes Cravinho é sustentado por Portugal

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