Torne-se perito

Marcha LGBT Mulheres que lutam para casar motivam apelo directo a Sócrates

"Onde estão? Não se vê! Os direitos LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros]!", entoa uma voz masculina, na Praça da República, no Porto. No interior da colorida marcha, que haveria de desaguar na Praça General Humberto Delgado, Teresa Pires e Helena Paixão, uma espécie de símbolo nacional da luta pelo casamento homossexual. Poucos conhecerão tanto como elas o peso da homofobia. Tentaram casar-se há um ano e meio numa conservatória de Lisboa. O pedido passou pelo Tribunal Cível, pelo Tribunal da Relação, pelo Supremo Tribunal e está agora no Tribunal Constitucional. A visibilidade pública agita-lhes o quotidiano. Sempre que aparecem na "televisão ou nos jornais" têm problemas. Moravam "numa aldeia" de Aveiro, dedicavam-se à jardinagem. Quando chegaram a casa, havia uma coroa de flores na porta. A pressão tornou-se insuportável. Em Março de 2006, avançaram para Lisboa. "Foi complicado" recomeçar. Não as queriam à vista. "Diziam-nos que, mesmo que não fossem contra, iam perder clientes por nossa causa", recorda Teresa.
Decorreram "meses" até iniciarem trabalho num call centre. Não tardaram a perder casa e trabalho. Encontraram outra casa, outro trabalho precário. Agora, Helena e Teresa estão outra vez sem casa. Esta senhoria, como a anterior, não assinara contrato com elas nem lhes passara recibos. Os vizinhos chegaram a fazer um abaixo-assinado, a apresentar queixa na polícia por atentado ao pudor. Por ser conhecida a sua orientação sexual, por andarem de mão dada na rua.
A realizadora Raquel Freire pegou neste exemplo para lançar um apelo ao primeiro-ministro, José Sócrates, no sentido de instituir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em causa "está o direito básico ao amor", vincou esta madrinha da segunda marcha LGBT do Porto, que ontem reuniu 200 a 300 pessoas. "Faz parte dos direitos fundamentais do ser humano poder amar quem se quiser." Ana Cristina Pereira
Os guardas prisionais já apreenderam desde o início do ano 3,8 quilos de estupefacientes e 452 telemóveis nas cadeias portuguesas. São valores que estão próximos dos totais de 2006. De acordo com dados da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, desde Janeiro foram apreendidos 3867 gramas de estupefacientes, sendo que o total de 2006 ascendeu a 4854 gramas. Quanto aos telemóveis, em 2006 foram confiscados 582. Vários reclusos revelaram à Lusa que muitos telefones são introduzidos pelos próprios guardas e vendidos por valores que atingem os 400 euros.
O período de acesso gratuito ao Museu Colecção Berardo de Arte Moderna e Contemporânea foi prolongado por mais uma semana, até 15 de Julho. Aberto no passado dia 25, o museu, instalado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, manteve desde então abertas gratuitamente as suas portas e já recebeu 50.373 visitas. A exposição permanente do museu é composta por sete núcleos e inclui obras de Picasso, Marcel Duchamp, René Magritte, Joan Miró, Francis Bacon, Andy Warhol, Paula Rego, Vieira da Silva, Jorge Molder, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes e Helena Almeida, entre outros.
O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, escolheu a Universidade do Minho para realizar o seu doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais, incidindo sobre o tema da reforma das Nações Unidas. O orientador da investigação será Luís Filipe Lobo-Fernandes, titular da cátedra Jean Monnet, pró-reitor da universidade e director do Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública da Escola de Economia e Gestão. O trabalho será co-orientado por Pedro Bacelar de Vasconcelos, docente da Escola de Direito da universidade.
A diocese de Braga tem um novo bispo auxiliar desde anteontem: o padre António Couto, actual superior-geral da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN). António José da Rocha Couto nasceu em 1952 em Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses, e foi ordenado padre em Dezembro de 1980. Especializou-se mais tarde em Bíblia e iniciou o doutoramento em Roma, que concluiu em 1989 em Jerusalém. Esteve em Luanda, Angola, a ensinar até 1991. Regressado a Portugal, leccionou na Universidade Católica do Porto. Colabora, como biblista, no programa Ecclesia, da RTP2.
Cada português viu, durante o primeiro semestre deste ano, uma média superior a três horas e meia de televisão por dia. Os idosos, as mulheres e as classes sociais mais baixas são quem mais vê, dizem os dados divulgados pela Marktest. Os mais velhos, com mais de 64 anos, viram uma média diária de cinco horas. Os habitantes no interior (3h36), os portuenses (3h35) e as classes mais baixas (4h16) também estão entre os que apresentam maiores níveis de consumo. Em relação ao mesmo semestre do ano passado, os portugueses viram mais um minuto e 50 segundos de televisão.
A Confederação Nacional das Associações de Pais congratulou-se ontem com a subida das médias das notas nos exames nacionais do secundário, que atribui a um maior empenho de professores, alunos e famílias. Em termos globais, o desempenho médio dos estudantes é positivo em 28 dos 36 exames realizados este ano na 1.ª fase, com principal destaque para a média dos alunos internos a Matemática, que ficou pela primeira vez acima dos dez valores. Para os pais, o mais importante é que os resultados sejam agora analisados pelas escolas para posterior redefinição de estratégias.

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