a Durante a manhã de ontem, no Teatro Camões, casa da Companhia Nacional de Bailado (CNB), a agitação era maior do que é hábito. Entre ensaios e aulas, discutia-se o futuro e trocavam-se expectativas quanto ao próximo director. Vasco Wellenkamp? Carlos Mota? Ao final da tarde, o Ministério da Cultura, que tutela a CNB e que recentemente a juntou ao Teatro Nacional de São Carlos para formar o Organismo de Produção Artística (Opart), pôs fim à ansiedade de bailarinos e outros funcionários: Vasco Wellenkamp, o ex-coreógrafo do Ballet Gulbenkian (BG) que era até aqui director da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, vai ser o novo responsável artístico. No comunicado que anuncia a decisão não se diz por que razão foi Wellenkamp o escolhido.
Quando assumir o cargo, a 1 de Outubro, Wellenkamp, o coreógrafo que deixou o já extinto BG para criar a sua companhia em 1998, estará a substituir o turco Mehmet Balkan, que entrou em funções em 2002 e que agora acaba o contrato.
O MC também não explicou ontem por que razão Balkan não continua na direcção da CNB nem deu garantias de que a programação por ele delineada até Dezembro, mas ainda não divulgada (inclui a reposição do Lago dos Cisnes ou uma estreia de Nacho Duato), seja para continuar. Nélson Lopes, do gabinete de comunicação do ministério, remeteu qualquer comentário para a conferência de imprensa que se realiza no Teatro Camões na terça-feira.
Wellenkamp, autor de obras como Amaramália, Danças para Uma Guitarra ou Sinfonia de Requiem, não esteve disponível para declarações até à hora do fecho desta edição. L.C.