a Há quatro anos que vivem juntas e se a lei o permitisse Sandra e Marina não hesitavam: casavam e adoptavam uma criança. "Estou a pensar em avançar com o processo em meu nome. No papel pode não ser uma adopção conjunta, mas na prática é assim que vai funcionar", diz Marina. Não foi a primeira vez que participaram na Marcha do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transgénero (LGBT) - "para mostrar às pessoas que somos muitos" -, organizada há oito anos por várias associações LGBT. Desta vez, foi o Jardim do Príncipe Real, em Lisboa, a servir de ponto de partida ao desfile, que contou com cerca de meio milhar de participantes. Portugueses e não só. Juan e Miguel vieram de Espanha "dar uma força ao casamento homossexual em Portugal", como já existe no país vizinho. A "igualdade de direitos" foi mesmo o lema escolhido para a marcha numa altura em que se comemora o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos. A adopção e o acesso ao casamento civil foram alguns dos direitos que reclamaram ao longo da marcha e com particular intensidade à frente da Igreja da Encarnação, no Chiado, onde acabava de ser celebrado um matrimónio. Desejaram-se felicidades, bateram-se palmas e gritou-se: "Vivam os noivos!"