No passado 5 de Junho de 1968
Teve contornos de remake o assassinato de Robert Fitzgerald Kennedy (R.F.K.) na madrugada de 5 de Junho de 1968, num corredor do Hotel Ambassador, em Los Angeles (a morte foi registada 25 horas depois). Cinco anos antes, o seu irmão John (J.F.K.) tinha tido o mesmo destino, em Dallas, quando era já Presidente. R.F.K. estava na corrida, e bem lançado, para a nomeação democrata. Na véspera tinha conquistado uma difícil e importante vitória na Califórnia perante o rival democrata, Eugene McCarthy. Seguia-se Chicago. No final da jornada das primárias na costa oeste, R.F.K. dirigiu-se aos seus apoiantes de uma varanda do Ambassador. E foi quando percorria os corredores e a cozinha do hotel para ir fazer uma conferência de imprensa na Sala Colonial que, de entre a multidão que o rodeava, foram disparados vários tiros à queima-roupa que o derrubaram. O atirador foi logo identificado e preso: um palestiniano de 24 anos, Shiran Shiran, que terá agido sozinho, castigando o apoio de R.F.K. a Israel. Mas, tal como no assassínio de J.F.K., muitas outras teorias conspirativas foram elaboradas em relação ao homicídio. Com a morte de Robert F. Kennedy, aos 42 anos e com uma carreira política brilhante, a história da América (e do mundo) sofreu mais uma guinada: os destinos do movimento de luta pelos direitos cívicos dos negros e da guerra do Vietname teriam sido certamente diferentes. Sérgio C. Andrade