Mulheres de armas em Israel

Quando entravam no Exército, as soldados israelitas tinham à espera uma secretária e trabalho burocrático. Agora, são-lhes destinadas outras tarefas. Já usam as botas vermelhas e as espingardas M-16 numa unidade de combate, o Batalhão Caracal

O serviço militar é parte da vida de qualquer israelita (tirando a comunidade ultra-ortodoxa), homens ou mulher. Mas as mulheres ocupam em geral lugares administrativos. Os homens têm de cumprir três anos de serviço militar obrigatório, as mulheres menos, apenas 21 meses. Daí que as que estão no Batalhão Caracal considerem um privilégio poderem usar as botas vermelhas que as identificam como soldados de combate. Uma contava, recentemente, ao site das Forças Armadas de Israel, que tinha sido parada pela polícia do Exército, que pensava que as botas seriam do namorado. Mas a soldado pôde dizer que tinha conquistado o direito das as usar ela própria.
Uma soldado do Batalhão Caracal aponta a sua espingarda M-16 em Ein Yahav, Sul de Israel. A presença de mulheres em unidades de combate no Estado judaico só foi considerada a partir de 2000, com a criação de uma "unidade experimental" que reunia homens e mulheres, após muita pressão da opinião pública, e de mulheres que serviam no Exército e queriam fazer mais do que o trabalho administrativo que normalmente lhes era destinado.
Em 2004, a Unidade "C" transformou-se no Batalhão Caracal.
O nome da unidade, Caracal, vem de um lince, comum no deserto de Israel, em que machos e fêmeas são difíceis de distinguir.
No Batalhão Caracal é suposto que cerca de 70 por cento sejam mulheres. O batalhão misto tem tido como missão particular as fronteiras com o Egipto e a Jordânia, fazendo patrulhas regulares com o objectivo principal de evitar o contrabando.
O terramoto de S. Francisco, em 1906, foi a primeira catástrofe extensivamente coberta pela fotografia e pelo cinema, que tinha começado nesta altura. Todos os grandes fotógrafos captaram a cidade logo a seguir ao terramoto. Este fotógrafo, que era também engenheiro, interessou-se pela aviação e pela fotografia áerea numa altura em que quase não havia aviação civil ou comercial. Tirou fotografias do ar enquanto voava de balão.Teve um acidente gravíssimo em Chicago: o cesto onde viajava com a máquina desprendeu-se do balão e caiu de uma altura de centenas de metros. Não sofreu muito porque a cesta ficou presa nos fios do telégrafo e do telefone. A partir daí, inventou um sistema diferente em que o balão subia com a máquina e depois ele accionava a máquina da terra.
Mas esta imagem não foi tirada com o balão, foi com um sistema de papagaios que ele também inventou. Os papagaios faziam subir o cesto que tinha uma máquina panorâmica de varrimento que rodava a objectiva a 160º. Depois de ter a máquina estabilizada no ar, a mais de cem metros, via com os binóculos se estava a apontar na direcção que queria. Os papagaios eram orientados através de um sistema de fios e com um primitivo sinal telefónico, disparava a câmara que varria o seu campo de visão. (...) A devastação foi, como quase sempre é, causada pelo fogo, e não só pelo tremor de terra.
É um trabalho notável de um fotojornalista australiano que foi das primeiras pessoas a estar presente em Aceh, na Indónesia, uma das províncias que mais sofreu com o tsunami, em Dezembro de 2004. Quando se fala da fotografia de grandes catástrofes põe-se logo o problema da estetização da dor. Por um lado o fotojornalismo, que é extremamente imediato, responde logo à desgraça alheia, quer dizer, não dá tempo para as pessoas começarem a pensar em termos estéticos de composição da imagem. Há nesta exposição imagens do furacão Katrina em que o ponto de vista é completamente diferente. Aqui não houve o pudor de evitar pessoas. Pelo contrário, a objectiva procura-as para dar ideia do drama desta familia que perdeu tudo e que anda por ali à procura dos restos que possam aproveitar da sua casa, todas as recordações.
Este é o resultado dos grandes incêndios que assolaram os arredores de Camberra, na Austrália, em Janeiro de 2003. A imagem mostra a desolação da terra queimada. O canguru que foi apanhado pelas chamas parece petrificado, como se fosse uma escultura de um mateiral não orgânico. Faz-me lembrar os fósseis de Pompeia. De certo modo, é um animal que está fossilizado pelo fogo.
Este é o resultado dos grandes incêndios que assolaram os arredores de Camberra, na Austrália, em Janeiro de 2003. A imagem mostra a desolação da terra queimada. O canguru que foi apanhado pelas chamas parece petrificado, como se fosse uma escultura de um mateiral não orgânico. Faz-me lembrar os fósseis de Pompeia. De certo modo, é um animal que está fossilizado pelo fogo.
É um trabalho notável de um fotojornalista australiano que foi das primeiras pessoas a estar presente em Aceh, na Indónesia, uma das províncias que mais sofreu com o tsunami, em Dezembro de 2004. Quando se fala da fotografia de grandes catástrofes põe-se logo o problema da estetização da dor. Por um lado o fotojornalismo, que é extremamente imediato, responde logo à desgraça alheia, quer dizer, não dá tempo para as pessoas começarem a pensar em termos estéticos de composição da imagem. Há nesta exposição imagens do furacão Katrina em que o ponto de vista é completamente diferente. Aqui não houve o pudor de evitar pessoas. Pelo contrário, a objectiva procura-as para dar ideia do drama desta familia que perdeu tudo e que anda por ali à procura dos restos que possam aproveitar da sua casa, todas as recordações.
Um exemplo de engenharia social. É uma das vergonhas americanas da II Guerra quando resolveram internar todos os cidadãos americanos de ascendência japonesa, com medo que eles pudessem colaborar com o inimigo. Internaram-os no Turlook Assembly Center. É uma bela fotografia da grande fotógrafa humanista Dorothea Lange.
Fotógrafo canadiano de grande reputação que admiro muito. Este trabalho é sobre o desmantelamento de navios, no Bangladesh, em Chittagong. Os petroleiros e outros grandes navios que já não estão em estado de navegar são desmantelados muitas vezes à mão, com maçaricos ou até com machados pelos habitantes da zona. É um cemitério dos grandes petroleiros. A obra de engenharia nasce, é usada e depois morre ou é assassinada. Aqui está a tratar-se da morte destas carcaças para serem usadas noutras construções. É um exemplo de reciclagem à custa de trabalho humano.
Esta imagem mostra as ruínas de uma empresa de engenharia nuclear, onde ainda se vê claramente um letreiro. O autor deu à fotografia o título irónico "Já não vem na lista telefónica". Podia ser uma fotografia emblemática para as pessoas que se opõem ao uso da energia nuclear, que já não mora ali.
Um exemplo de engenharia social. É uma das vergonhas americanas da II Guerra quando resolveram internar todos os cidadãos americanos de ascendência japonesa, com medo que eles pudessem colaborar com o inimigo. Internaram-os no Turlook Assembly Center. É uma bela fotografia da grande fotógrafa humanista Dorothea Lange.

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