Sociedade de endoscopia reconhece benefícios dos iogurtes probióticos

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A eficácia dos iogurtes probióticos foi também reconhecida pela nutricionista Isabel do Carmo Daniel Rocha/PÚBLICO

"Os iogurtes probióticos têm reconhecidas propriedades, pois possuem microrganismos vivos atenuados que melhoram o funcionamento intestinal, funcionando ao nível da prevenção primária", explicou à agência Lusa Venâncio Mendes, presidente da SPED.

Segundo o clínico, "estes produtos são regularmente utilizados como terapêutica auxiliar nos casos de gastroenterite aguda, de doenças inflamatórias e infecciosas do intestino, e ainda face à síndroma do intestino irritável e à acção da Helicobacter Pylori".

Além dos iogurtes, o médico recomenda, como medidas preventivas do cancro cólon-rectal, "a substituição das carnes vermelhas pelas brancas e a substituição das gorduras animais pelas vegetais, além de uma alimentação rica em legumes, frutas e cereais".

A eficácia dos iogurtes probióticos foi também reconhecida, em declarações à Lusa, pela nutricionista Isabel do Carmo, que explicou que "há uma base científica que valida estes iogurtes, que na sua composição têm as mesmas bactérias dos outros e mais algumas, igualmente boas".

"As bactérias dos iogurtes probióticos combatem algumas bactérias nocivas existentes no nosso organismo, promovendo o equilíbrio da flora intestinal, além de ajudarem ao funcionamento adequado deste órgão", explicou ainda a autora do livro "Alimentação Saudável Alimentação Segura".

No âmbito do combate ao cancro, doença que mata cerca de três mil pessoas por ano em Portugal, a SPED dispõem actualmente de oito Centros de Rastreio do Cancro do Cólon e Recto.

O primeiro dos centros a entrar em funcionamento foi o de Braga, a 30 de Janeiro deste ano, devendo este programa-piloto manter-se durante quatro anos, com vista a permitir o rastreio de 15 a 16 mil portugueses.

A SPED, que em 1999 iniciou uma campanha de sensibilização acerca do cancro cólon-rectal, foi também parceira da Universidade Católica numa sondagem cujos resultados, divulgados em 2005, em Madrid, mostraram "que os portugueses são os europeus mais bem informados sobre a doença", sublinhou Venâncio Mendes.