O que diz o Acordo de Sexta-feira Santa
O chamado Acordo de Belfast ou de Sexta-Feira Santa, assinado na Páscoa de 1998, estabelece um plano para a governação autónoma da Irlanda do Norte, numa base estável e abrangente, prevendo a criação de uma comissão de Direitos Humanos e de Paridade, bem como a libertação de prisioneiros que tivessem sido condenados por terrorismo. Esse grande documento político do processo de pacificação do Ulster foi firmado no dia 10 de Abril daquele ano pelos governos britânico e irlandês, tendo sido apoiado pela maior parte dos partidos políticos da Irlanda do Norte. Foi ratificado em referendos paralelos que semanas depois se realizaram tanto na Irlanda do Norte como na República da Irlanda. O Partido Unionista Democrático, do fundamentalista protestante Ian Paisley, foi a única grande formação política que a ele se opôs. No âmbito do texto, foi criada a Assembleia da Irlanda do Norte, com um Executivo e um Fórum Cívico de funções consultivas. A Assembleia é constituída por 108 membros ou deputados regionais, eleitos numa base proporcional, e os ministros devem ser designados de acordo com a representatividade de cada partido, seguindo o método de Hondt.