Presidente deseja valorizar papel dos deficientes

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O Presidente enceta novo périplo na segunda-feira Estela Silva/Lusa (arquivo)

O enfoque do roteiro, que se inicia em Lisboa, não será tanto a protecção ou a educação dos deficientes, mas sim os casos em que elas são preparadas para a sua autonomia e para a sua inserção profissional e cívica.

Neste sentido, logo na segunda-feira, Cavaco Silva estará no Instituto Jacob Rodrigues Pereira, um colégio da Casa Pia, em Lisboa, vocacionado para a educação de crianças e jovens surdos, onde participa no jantar de Natal. A instituição, fundada em 1834, é particularmente reconhecida por desenvolver a linguagem gestual portuguesa e por ter uma visão profissionalizante do ensino.

No dia seguinte, o Presidente da República parte para Aljubarrota, de manhã, onde deverá tomar conhecimento da forma como duas pequenas empresas, bem sucedidas financeiramente, assumiram a sua responsabilidade social, admitindo deficientes no quadro de trabalhadores. Quer a ARFAI quer a IGM Faianças, pertencentes ao mesmo grupo, ligado ao sector da cerâmica, foram premiadas recentemente pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, pela avaliação feita ao processo de integração de três deficientes que fazem parte dos seus quadros.

A caravana seguirá, depois, para Miranda do Corvo, mais propriamente para a Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional, uma instituição de solidariedade social que é o principal empregador do concelho. Dos 180 funcionários que integra, 16 por cento são pessoas com deficiência. Alguns sectores da associação, como o centro hípico, são praticamente geridos por elas.

De acordo com o Palácio de Belém, esta associação não vive apenas de subsídios estatais, contando com as suas próprias receitas. O mesmo se poderá dizer da Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã, que Cavaco visitará na parte da tarde. Referência nacional e internacional, esta instituição desenvolveu um conglomerado de empresas nas áreas do ambiente (jardinagem), da saúde, da cerâmica e da indústria das madeiras.

O Presidente da República termina o roteiro em Viseu, onde se reunirá com o presidente da câmara, Fernando Ruas, o provedor do deficiente da autarquia e sete instituições locais.

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