Futuro secretário-geral da ONU considera "inaceitável" negação do Holocausto

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O diplomata sul-coreano criticou as declarações incendiárias do Presidente iraniano Justin Lane/EPA

“A negação do Holocausto não é aceitável”, afirmou o diplomata sul-coreano, na conferência de imprensa que se seguiu à cerimónia em que foi empossado secretário-geral, esta tarde, na sede da ONU, em Nova Iorque.

“Também não é aceitável apelar à destruição de um Estado ou de um povo”, acrescentou, numa alusão directa a declarações recentes do Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad.

O regime iraniano foi anfitrião esta semana de uma polémica conferência internacional destinada a pôr em causa a veracidade do extermínio de milhões de judeus pelo regime nazi alemão, durante a II Guerra Mundial.

Organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, a conferência deu a palavra a historiadores revisionistas, entre eles cerca de 30 estrangeiros, alguns dos quais foram já presos por negar a autenticidade do Holocausto.

Durante a cimeira, Ahmadinejad voltou a proferiu um discurso incendiário, insistindo que o Estado de Israel “irá desaparecer em breve” à semelhança do que aconteceu com a antiga União Soviética.

Ban Ki-moon aproveitou também a conferência de imprensa para apelar às autoridades iranianas para que aceitem retomar as negociações sobre o seu programa nuclear, que poderá vir a ser alvo de sanções internacionais.

O diplomata sul-coreano só assumirá oficialmente as funções de secretário-geral da ONU no próximo dia 1 de Janeiro, substituindo o ganês Kofi Annan, que ocupou o cargo durante dez anos.

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