Astronautas começam passeios no espaço para retomar construção da ISS

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Os astronautas Christer Fulglesang e Sunita Williams num momento de descontracção NASA/AP

O norte-americano Robert Curbeam e o sueco Christer Fulglesang, da Agência Espacial Europeia, terão saído para o espaço para acrescentar mais um suporte metálico (de 3,3 metros e duas toneladas) à espinha vertebral da estação, elevando assim comprimento da actual casa da humanidade no espaço para 54,5 metros. Quando toda a coluna vertebral estiver concluída, atingirá 75,7 metros.

A ajudá-los no interior da estação, os astronautas Sunita Williams e Joanie Higginbotham estavam incumbidos de manobrar o segmento metálico com o braço robotizado da ISS. Enquanto isso, os colegas lá fora aparafusavam a estrutura, num passeio previsto para durar um pouco mais de seis horas, relatava a Reuters.

Nos outros dois passeios ainda previstos para esta missão do Discovery, de 12 dias, será substituída toda a instalação eléctrica da estação, para que se possa utilizar um conjunto de painéis solares levados para lá em Setembro e outros dois conjuntos ainda à espera de irem para o espaço.

Para a agência espacial norte-americana NASA, a missão do Discovery, que partiu na madrugada de domingo, é das mais complexas, entre as 14 programadas para terminar a estação até 2010. No final, a construção deverá ficar em 100.000 milhões de dólares (75.700 milhões de euros).

Com a explosão do vaivém Columbia, com sete astronautas a bordo, em Fevereiro de 2003, o plano de voos para acabar os trabalhos ficaram comprometidos, uma vez que os vaivéns que restaram (Discovery, Atlantis e Endeavour) permaneceram em terra cerca de dois anos e, pelo meio, foi anunciado que seriam reformados em 2010.

Até agora, a missão decorreu sem problemas. As inspecções ao Discovery para ver se, na descolagem, sofreu danos no escudo protector - o que esteve na origem do acidente do Columbia -, não detectaram nada de especial. Só um "pequeno impacto" na asa esquerda do vaivém, mas a NASA diz que esses danos não deverão afectar a missão.

No entanto, as inspecções ao estado de saúde do vaivém, através de fotografias, por exemplo, vão prosseguir.

Outra das coisas que o Discovery fará é trazer de volta à Terra, ao Centro Espacial Kennedy (na Florida, EUA), no próximo dia 21, o astronauta alemão Thomas Reiter, na estação há seis meses. Sunita Williams é quem ficará em seu lugar, para uma jornada de outros seis meses lá em cima.

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