No entanto, esta questão é, para já, "uma hipótese em estudo, ainda sem qualquer decisão", salientou a secretária de Estado aos jornalistas, à margem de uma visita à exposição itinerante "150 Anos dos Caminhos-de-Ferro em Portugal", patente desde ontem e até amanhã no interior de um comboio estacionado na Estação de S. Bento, no Porto.

"Uma coisa é a estrutura societária da empresa. Outra é a definição das questões estratégicas e o empenhamento do Governo na melhoria do sistema [metropolitano de transportes públicos do Porto]".

Ana Paula Vitorino citou o exemplo do sistema de transportes metropolitano de Paris, em que as decisões são todas tomadas em dois níveis, o local e o regional, sem qualquer interferência da administração central, apesar de o accionista principal das empresas de transporte envolvidas ser o Estado francês.

"São coisas que não têm que estar relacionadas umas com as outras, se houver previamente a devida planificação estratégica e operativa", afirmou.

A secretária de Estado recusou comentar o relatório do Tribunal de Contas (TC) sobre a gestão do Metro do Porto, que a 26 de Novembro apontava a existência de irregularidades de gestão.

Segundo o presidente da CP, Francisco Cardoso dos Reis, o comboio que transporta a exposição "150 Anos dos Caminhos-de-Ferro em Portugal" vai percorrer todo o país durante 2007, abrangendo "quanto mais estações melhor".

A exposição foi inaugurada a 28 de Outubro último, em Alcântara, onde esteve até 12 de Novembro, tendo acolhido cerca de dez mil visitantes.

A mostra expõe documentos históricos e a evolução cronológica dos principais marcos da cultura ferroviária portuguesa, além de um espaço reservado a um ciclo de cinema e venda de publicações.

Depois da Estação de S. Bento, a exposição segue para Porto-Campanhã (onde ficará patente de segunda a sexta-feira) e posteriormente para Braga, onde estará entre os dias 10 e 14 de Janeiro.

Em todos estes locais, a exposição está patente entre as 13h00 e as 20h00.