"Este foi um ano terrível para a cidade, um ano perdido, no qual houve muita arrogância, muita 'maioria'", afirmou Sá Fernandes, comentando a decisão do presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues (PSD), de retirar os pelouros à vereadora democrata-cristã Maria José Nogueira Pinto.

O autarca social-democrata alegou que Nogueira Pinto "violou hoje um dever de lealdade e de confiança elementar na relação entre pessoas que estão unidas por um acordo político".

A decisão de romper o acordo pós-eleitoral estabelecido a 5 de Janeiro teve lugar após ter sido hoje chumbado o nome de Nunes Barata para presidente do conselho de administração da Sociedade de Reabilitação (SRU) da Baixa Pombalina com nove votos contra e oito a favor, em votação secreta.

Na opinião do vereador do Bloco de Esquerda, o chumbo do nome de Nunes Barata "pode ter sido a gota de água" numa coligação pautada por "sucessivos acordos e desacordos".

"Voltámos ao quadro de há um ano atrás, sem coligações nem maiorias", sublinhou José Sá Fernandes, acrescentando que, "se as eleições autárquicas fossem hoje, muito provavelmente os eleitores não votariam da mesma forma".