Reino Unido e Alemanha rejeitam pedido de cessar-fogo imediato no Líbano

Foto
A Holanda apoiou o Reino Unido e a Alemanha Herwing Vergult/EPA

A presidência finlandesa da União Europeia (UE) defendeu que os ministros dos Negócios Estrangeiros reunidos hoje em Bruxelas deveriam adoptar uma declaração comum "a apelar a um cessar-fogo imediato" no Líbano, onde há 21 dias Israel lançou uma ofensiva contra o movimento xiita Hezbollah, após a captura de dois dos seus soldados.

A renitência britânica e alemã já era esperada, dado que os dois países têm uma posição próxima à norte-americana quanto à primeira etapa para resolver o conflito israelo-libanês.

Convocados pela presidência da UE, os chefes da diplomacia dos 25 estiveram reunidos a partir das 12h00 para discutir, durante um almoço de trabalho, os passos para o fim de um conflito que já provocou a morte seis centenas de pessoas e devastou várias áreas do Líbano em três semanas.

Porém, e de acordo com fontes diplomáticas ouvidas pela AFP, o consenso está longe de ser alcançado, devido às divergências sobre a questão de um cessar-fogo imediato ou não na região.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 25 trabalham ainda sobre outra proposta colocada em cima da mesa pelo Luxemburgo, que propõe o apelo à "cessação imediata das hostilidades com vista a um cessar-fogo duradouro", acrescentaram as mesmas fontes.

A Finlândia propôs ainda que fossem sublinhadas as mortes de civis deste conflito na declaração europeia. "Não tomar todas as precauções necessárias para evitar a perda de vidas civis constitui uma violação grave do direito humanitário internacional", sustenta o texto da presidência da UE.

Sugerir correcção
Comentar