Israel "não está interessado em aceitar um cessar-fogo" no Líbano
"Aceitaremos um cessar-fogo assim que tivermos a certeza de que as condições que prevalecem no território [Líbano] são diferentes das que provocaram o desencadear desta guerra", afirmou Olmert durante uma intervenção numa academia militar em Ramat Hasharon, perto de Telavive.
A reacção do chefe do Governo israelita chega depois de os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia terem aprovado hoje uma declaração a exigir a Israel e ao Hezbollah o "fim das hostilidades", depois de o Reino Unido, a Alemanha e a Holanda terem rejeitado a proposta da presidência finlandesa dos 25 para uma declaração comum "a apelar a um cessar-fogo imediato" no Líbano.
Segundo Olmert, o Hezbollah já não poderá ameaçar Israel como antes da ofensiva israelita, lançada a 12 de Julho, em resposta à captura de dois soldados israelitas. "Cada dia que passa é mais um que debilita a força do inimigo", sustentou o primeiro-ministro.
O Gabinete de Segurança de Israel decidiu hoje alargar a ofensiva militar no Líbano, respondendo indirectamente aos apelos para um cessar-fogo da comunidade internacional. Amanhã de manhã, e após a suspensão por 48 horas dos ataques aéreos em território libanês, o Exército israelita vai voltar a bombardear por ar as zonas que considera servirem de abrigo ao Hezbollah.
"Se a batalha terminasse hoje, poderíamos afirmar que a face do Médio Oriente mudou totalmente com o sucesso total do Exército israelita e do povo israelita", concluiu Olmert, reforçando que Israel está "a ganhar a guerra" contra o movimento xiita.