Em comunicado, o Governo venezuelano diz ter recebido "com satisfação a informação das autoridades cubanas, segundo as quais o processo de recuperação do Presidente Fidel Castro está a avançar positivamente". A mesma nota de Caracas não adianta pormenores sobre o estado de saúde do líder cubano.

De acordo com um comunicado lido ontem à noite na televisão cubana, Fidel Castro sofreu uma crise intestinal com sangramento que o obrigou a ser submetido a uma "complicada operação cirúrgica". O comunicado - que terá sido escrito à mão e assinado pelo próprio Castro - adianta que a crise foi provocada pelo "enorme esforço" realizado durante a sua recente visita à Argentina, para participar na Cimeira da Mercosur, e durante a sua intervenção na cerimónia de aniversário do assalto ao quartel de Moncada.

Durante o dia de hoje, Fidel Castro já recebeu mensagens de melhoras enviadas pelos governos da Venezuela, de Espanha e da China. A última a chegar a Cuba foi enviada pelo Presidente da Bolívia, Evo Morales: "Estamos certos de que a força de que deste provas ao longo da tua longa trajectória te permitirá ultrapassar este novo momento difícil para continuares a luta anti-imperialista", escreveu Morales na sua mensagem a Fidel Castro.

Pela primeira vez na história da revolução cubana, Fidel Castro delegou - embora com carácter provisório - as suas funções de primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba, de presidente do Conselho de Estado e de comandante das Forças Armadas, no seu irmão Raul, designado como o seu sucessor legal de acordo com a Constituição cubana.