Economia com sinais contraditórios no primeiro trimestre

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Segundo a Síntese Económica de Conjuntura, divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice da indústria transformadora passou de 1,2 por cento no quarto trimestre de 2005 para 1,4 por cento no primeiro trimestre do ano; o índice do volume de negócios no comércio e no retalho melhorou uma décima, para 0,6 por cento; e o índice de volume de negócio total deu um salto de 0,1 para 1,4 por cento entre o último trimestre de 2005 e o primeiro trimestre do ano em curso.

Até o sector da construção, que tem sofrido com as restrições orçamentais adoptadas por este e pelo anterior Governo, demonstrou alguma dinâmica, com o índice a tornar-se menos negativo no primeiro trimestre deste ano face ao trimestre anterior – de menos quatro para menos 3,6 por cento.

Apesar destes sinais favoráveis, o indicador de actividade económica não se alterou entre os dois períodos em análise, mantendo-se nos 1,3 por cento.

Estes indicadores apenas oferecem informação quantitativa, mas a sua leitura conjunta permite identificar a tendência da economia.

O investimento (traduzido pelo indicador da Formação Bruta de Capital Fixo) tornou-se menos pessimista, melhorando de menos três por cento para menos 1,8 por cento no final do primeiro trimestre do ano.

A taxa de desemprego, divulgada na semana passada, também deu um empurrão ao sentimento dos empresários entrevistados pelos serviços do INE, ao recuar de oito por cento no final de 2005 para 7,7 por cento nos primeiros três meses do ano.

A pressionar o sentimento dos empresários esteve a inflação, que se agravou uma décima, para 2,8 por cento. A subida do preço do petróleo nos mercados internacionais continua a condicionar as estratégias de investimento dos empresários e, em consequência, a limitar o desempenho da economia nacional e europeia.

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