X Convenção Nacional de "Os Verdes" marcada para 26 e 27 de Maio
Com o lema "Lugar aos Verdes, hoje e sempre", a X Convenção Nacional reunirá perto de 250 delegados e outros tantos convidados.
Manuela Cunha, da comissão executiva, frisou que a reunião pretende ser "um momento de afirmação do PEV como partido cuja voz é, face ao quadro eco-político actual e perspectivas que se adivinham, cada vez mais imprescindível".
"A lógica da governação de sucessivos governos tem sido atender a questões economicistas de curto prazo, não apostando em políticas sustentáveis no sector energético, de transportes, na política da água", criticou, lamentando que Portugal seja "o país da Europa que mais contribui para aumentar a emissão de gases de efeito de estufa".
"As políticas ambientais têm sido fachadas de decoração para mostrar que Portugal é um menino bem comportado na União Europeia, mas depois nunca há, ou há muito poucas, medidas concretas para melhorar o ambiente", considerou.
Depois da eleição do conselho nacional, no dia 27 de manhã, os participantes na convenção irão debater "as "emergências de intervenção ecologista" com especialistas na área do ambiente, com destaque para "o nuclear, o ordenamento do território e a política de transportes", disse Manuela Cunha.
"Agora, há em Portugal um 'lobby' que defende o nuclear. Como é que é possível defender o nuclear num país em que ainda não foram seladas todas as minas que têm resíduos tóxicos a céu aberto com consequências gravíssimas para a saúde das populações?", criticou.
Com "cerca de cinco mil militantes" segundo os números de Manuela Cunha, o PEV "tem vindo a reforçar nos últimos anos a sua intervenção política dentro e fora da Assembleia da República", onde se estreou no final da década de 80 com a aprovação da protecção do lobo ibérico e da instituição das primeiras praias de nudistas em Portugal.
Desde a sua criação, em 1982, o PEV concorreu às eleições sempre em coligação com o PCP (CDU) e pontualmente em coligações alargadas a outros partidos em autárquicas.