Resort, chumbado uma vez pela CCDR-N, ficará na margem do Douro e desenvolve-se em socalcos

A Douro Azul vai apresentar hoje o novo projecto para a construção de um hotel resort de luxo de cinco estrelas em Mesão Frio, disse à agência Lusa o presidente do grupo turístico, Mário Ferreira. Depois de ter sido chumbado em Outubro pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) por razões de "preservação paisagística e ambiental", o novo projecto será hoje, pelas 16h00, apresentado formalmente naquele organismo.Segundo Mário Ferreira, as características do anterior projecto foram mantidas, mas a implantação e a disposição do hotel em relação ao rio foram alteradas. "O edifício recuou e afastou-se da linha de água", referiu o responsável, acrescentando que o gabinete de arquitectura encarregue do novo projecto (do arquitecto Capinha Lopes) concebeu o Marina Douro Hotel em "socalcos", mantendo as características excepcionais da área de intervenção classificada pela UNESCO como Património Mundial.
Como explicou ao PÚBLICO Mário Ferreira, tratou-se, no fundo, de atenuar a volumetria do anterior projecto, criando "volumes mais quebrados", que, ao contrário da solução que foi chumbada, não se desenvolvem em linha recta à face do rio mas antes em ziguezague, acompanhando as nuances do relevo e adaptando-se à paisagem. "O projecto é feito um pouco à semelhança dos muros de xisto que existem nesta zona", comentou o operador turístico.
A unidade hoteleira, que será um SPA vínico, integrará um total de 158 quartos, piscinas, ginásio, health club, centro de congressos, auditório, dois restaurantes, campo de ténis, praia fluvial e jardins, envolvendo um investimento global de 33 milhões de euros, dos quais sete milhões se destinam à construção de um campo de golfe com 18 buracos. Mário Ferreira disse ainda que gostaria de conseguir arrancar com a edificação da nova unidade hoteleira - que tem um prazo de construção de 18 meses - até ao final do ano. O Douro Marina Hotel integra um conjunto de 12 empreendimentos que esperam licenciamento por parte da comissão dos Projectos de Interesse Nacional (PIN). PÚBLICO/Lusa