Nas suas Previsões Económicas de Maio, a OCDE apontava para um crescimento de 2,1 por cento, um valor 1,1 pontos percentuais acima da estimativa hoje anunciada.

A previsão da OCDE segue a estimativa de 1,1 por cento inscrita pelo Governo no Orçamento do Estado (OE) para 2006, apresentado em Outubro, e é mais optimista do que a previsão de 0,8 por cento divulgada pela Comissão Europeia no dia 17 deste mês.

A revisão feita para os dados da economia portuguesa são de sinal contrário às previsões da economia da Zona Euro, que deverá crescer 1,4 por cento este ano e 2,1 por cento em 2006, ritmo superior ao esperado há seis meses.

Os dados da OCDE indicam, também, que o crescimento da economia portuguesa dependerá, este ano e no próximo, do crescimento da procura interna, com o consumo privado a crescer 2,3 por cento este ano, 1,3 por cento no próximo e dois por cento em 2007.

O investimento só dará um salto em 2007, período, segundo a OCDE, que deverá aumentar 3,3 por cento, depois de subir apenas 0,2 por cento em 2006 e de cair 1,8 por cento este ano.

A OCDE prevê, ainda, que a taxa de desemprego continue a aumentar no próximo ano, para 7,8 por cento, três décimas acima da estimada para este ano, contrariando a tendência descendente verificada na Zona Euro. Apenas para 2007 se prevê uma redução, de uma décima, para 7,7 por cento.