Mário Lino: aeroporto fora da Ota poderia inviabilizar fundos comunitários

Mário Lino assegurou que o Governo tem um conjunto de ideias para os terrenos do aeroporto da Portela
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Mário Lino assegurou que o Governo tem um conjunto de ideias para os terrenos do aeroporto da Portela André Kosters/Lusa
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Mário Lino falava na abertura da conferência "Lisboa 2017 um Aeroporto com Futuro", onde o Governo vai apresentar os estudos que levaram à decisão para a construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota.

"Mesmo que o Governo pudesse escolher outra localização, poderia correr o risco de inviabilizar os fundos comunitários", disse o ministro, reportando-se aos estudos de impacto ambiental que mostram que a Ota oferece melhores condições face à opção por Rio Frio.

O ministro lembrou que o novo aeroporto de Lisboa, orçado pelo Governo em três mil milhões de euros, faz parte dos projectos da rede transeuropeia de transportes, que prevê a atribuição de fundos comunitários e a obtenção de empréstimos junto do Banco Europeu de Investimentos (BEI) em condições vantajosas.

"Uma das condições previstas para a atribuição dos fundos comunitários é que a construção comece antes de 2010", lembrou o ministro.

O governante defendeu ainda que a Ota em nada prejudica o desenvolvimento dos restantes aeroportos nacionais, nem os investimentos realizados nos aeroportos do Porto e de Faro, admitindo ainda mais investimentos nestas infra-estruturas.

De acordo com o ministro, o aeroporto na Ota poderá tornar-se também numa alternativa ao aeroporto de Barajas, em Madrid, aumentando a visibilidade de Portugal no exterior.

"Não conheço outro projecto desta dimensão que tenha sido tão estudado, nem mesmo a ponte Vasco da Gama ou a barragem do Alqueva", disse o ministro, admitindo que o Governo tem consciência de que a decisão já deveria ter sido tomada.

No final da sessão de apresentação, em declarações aos jornalistas, o ministro referiu que o Governo "já tem um conjunto de ideias" para o destino dos terrenos onde se situa actualmente o aeroporto da Portela, em Lisboa, mas considerou ser ainda cedo para um anúncio.