O jogador do Manchester United diz-se vítima
de uma "armadilha"

Cristiano Ronaldo passou ontem a tarde a ser ouvido por uma equipa da Scotland Yard especializada em casos de violação. O futebolista do Manchester United que se deslocou à esquadra próxima da sua residência, em Cheshire, acompanhado por um advogado dos Red Devils e por elementos da Gestifute, empresa do seu empresário Jorge Mendes, foi acusado por uma mulher de a ter violado a 2 de Outubro na suite da penthouse do hotel Sanderson, no centro de Londres. Ronaldo já tinha afirmado a amigos seus que tinha sido vítima de "uma armadilha" e que estava completamente "inocente."Uma afirmação do jogador sustentada pelo comunicado ontem emitido pela Gestifute, onde se desmente "de forma total e categórica, a acusação de violação". "Tudo não passa, como a investigação certamente demonstrará, do produto de imaginação e fantasia das jovens responsáveis pela queixa que deu origem à investigação, que não acenta em quaisquer factos credíveis." E Jorge Mendes justifica isso com "o facto de a queixa só ter sido apresentada depois das jovens terem, infrutiferamente, tentado vender a sua história aos jornais ingleses".
Uma falta de fundamento que se torna ainda mais clara por uma das duas queixas, inicialmente apresentadas, ter sido retirada "sem contrapartida alguma".
Quanto à alegada detenção para interrogatório, o empresário do jogador explica que esta "consiste numa formalidade da justiça britânica não transponível, sem mais, para o direito português".
Os factos remontam a 2 de Outubro último, um dia depois da vitória, por 3-2, do Manchester frente ao Fulham, altura em que Cristiano, acompanhado por um amigo, terá conhecido num bar duas jovens com quem depois seguiu para o hotel Sanderson onde estava hospedado.
O Manchester remeteu-se ao silêncio, mas o treinador adjunto, Carlos Queirós, afiançou que o jogador "está tranquilo". "Temos que ter alguma reserva com estas notícias bombásticas. O jogador treinou normalmente e, depois, tal como estava acordado com as autoridades, foi prestar esclarecimentos. Não se trata de uma suspeita mas sim de uma queixa apresentada por alguém que pode ou não ter fundamento", afirmou à SIC Notícias o técnico português, que garantiu mais tarde, desta feita à RTP, que, após ser ouvido, o jogador regressou a casa.