O júri premiou também o arquitecto francês Bernard Reichen com o Grande Prémio de Urbanismo de França.

A obra de Siza Viera foi distinguida por ser "totalmente urbana e pelo íntimo diálogo que estabelece com os lugares, as geografias e as culturas". Quanto a Reichen, o júri, presidido pelo director-geral do urbanismo, Habitação e Construção, François Delarue, distinguiu o seu "percurso original em matéria de urbanismo".

Siza Viera, nascido em Matosinhos em 1933, recebeu em 1992 o prémio Pritzker, considerado o Nobel da arquitectura.

Dos inúmeros prémios que lhe foram atribuídos destacam-se o da secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte - Prémio de Arquitectura do Ano (1982); a medalha de Ouro de Arquitectura do Conselho Superior do Colégio de Arquitectos de Madrid (1988); o prémio Prince of Wales da Harvard University (1988); o prémio Nacional de Arquitectura atribuído pela Associação dos Arquitectos Portugueses (1993) e o Prémio Secil de Arquitectura (1996).

Da responsabilidade de Siza Vieira são obras como o Museu de Serralves (Porto), a Faculdade de Arquitectura do Porto (1986- 95), o Museu de Arte Contemporânea da Galiza em Santiago de Compostela, Espanha (1989-95), a Biblioteca da Universidade de Aveiro (1989-95) e a Doedijnstraat Housing Estate, Holanda (1989-93).

Nos seus projectos de arquitectura inclui-se ainda o Pavilhão de Portugal, para a Expo 98.

Das mãos de Siza Vieira saiu também o trabalho de reconstrução do Chiado (Lisboa), destruído pelo incêndio de Agosto de 1988.

O Prémio Especial de Urbanismo será entregue depois do Verão pelo ministro francês do Equipamento, Transportes, Turismo e Mar, Dominique Perben.