Guilhermina Suggia nasceu há 120 anos
Vai ser hoje formalizada, através de escritura no Porto, a criação da Associação Guilhermina Suggia, no dia em que passam 120 anos sobre o nascimento, em Matosinhos, da mais prestigiada violoncelista portuguesa. O objectivo é ter uma estrutura capaz de estudar e divulgar o seu espólio e criar uma casa-museu. Suggia foi uma das primeiras mulheres a ter uma carreira como violoncelista. Começou a estudar música em Portugal, aos cinco anos. Aos 12, tornou-se na principal violoncelista da Orquestra do Porto e começou a tocar com o quarteto de cordas Bernardo Moreira de Sá. Aos 13 anos é mandada para o Conservatório de Leipzig, Alemanha. Muda-se para Paris e, depois, Londres, onde reparte o tempo a ensinar violoncelo e a actuar, chegando a tocar com a BBC Symphony Orchestra. Em 1940 regressa a Portugal, ficando a viver no Porto, onde viria a morrer em 1950.
A DENÚNCIA
Teatro Rosa Domasceno está abandonado
A Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Santarém (AEDPHCS) denunciou ontem que o Teatro Rosa Damasceno está ao abandono e apelou aos responsáveis para que cuidem do monumento, classificado como imóvel de interesse público. O teatro é considerado uma "obra-prima da arquitectura moderna portuguesa e da Art Deco", foi construído em 1937 e projectado por Amílcar Pinto.A presidente da direcção da AEDPHCS, Maria Emília Pacheco, diz em comunicado ter verificado que a porta principal do Teatro Rosa Damasceno "se encontra aberta e abandonada", situação "incentivadora de vandalismos e propícia à degradação acelerada do edifício", escreve a Lusa.
O proprietário, um empreiteiro da cidade, queria ali construir um empreendimento imobiliário, não aprovado pela câmara, que deliberou a posse administrativa do edifício para a realização das obras, estimadas em 30 a 35 mil euros. O processo do exercício do direito de preferência por parte da autarquia está em tribunal.
A deliberação da posse administrativa acabou por ser suspensa em Maio, tendo o presidente da autarquia, Rui Barreiro, justificado a decisão com a garantia de que o proprietário fará as obras necessárias assim que iniciar o empreendimento que vai construir em frente ao teatro. O processo encontra-se no Tribunal Administrativo de Évora, por recurso apresentado pelo município, depois de a juiza que apreciou o processo no Tribunal de Santarém ter considerado a autarquia "parte ilegítima".