Luta contra a homofobia comemorada ontem em Lisboa
Representantes da ILGA Portugal estiveram à porta da Assembleia, a meio da manhã de ontem, mas, ao invés do que tinha sido acordado na véspera, acabaram por não ser recebidos por nenhum assessor do presidente da AR, Jaime Gama. Foi-lhes dada a informação de que seria agendada uma audiência com Gama, mas mesmo assim a ILGA quis deixar no Parlamento uma pasta com o material que pretende entregar pessoalmente ao presidente: o texto da petição por um Dia Mundial de Luta contra a Homofobia e cópias das assinaturas recolhidas (mais de duas mil em Portugal, cerca de 11 mil a nível mundial). Apesar de ainda não ter sido reconhecido pelas Nações Unidas, o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia não deixou de ser assinalado ontem, em Lisboa, numa data que ganhou significado pela comemoração do 15º aniversário desde que a Organização Mundial de Saúde riscou a homossexualidade do rol de doenças mentais. A ILGA Portugal, juntamente com muitas associações que reivindicam o reconhecimento internacional da população lésbica, gay, bissexual e transgénero (LGBT), não quis deixar passar a data em branco e, embora não tenha tido oportunidade de entregar a Jaime Gama o apelo à consagração do Dia Mundial contra a Homofobia, ainda se reuniu, na Casa Amarela da AR, com as deputadas Mariana Aiveca (BE), Helena Pinto (BE) e Ana Catarina Mendes (PS). Durante a tarde, o café-auditório da Fnac Chiado acolheu um debate sobre a homofobia, no qual participaram Alda Macedo (deputada do BE) e Ana Catarina Mendes; e à noite, o Largo Camões foi palco da iniciativa Homofobia Explícita, uma projecção de vídeos de actos de violência perpetrados em marchas realizadas em Belgrado, Cracóvia e Zagreb. M.J.O.
A sugestãoMenezes quer que PSD
e PS façam autocrítica
O autarca e candidato derrotado à presidência do PSD, Luís Filipe Menezes, considerou ontem que o défice das contas públicas exige alguma "autocrítica" por parte do PSD e do PS, partidos que nunca avançaram com as reformas necessárias para combater o problema. "É o momento de haver alguma autocrítica por parte do PSD e do PS", afirmou à Lusa. Classificando o actual momento como um tempo de "hiperexigência" para os dois maiores partidos, o presidente da Câmara de Gaia apontou alguns dos "erros" cometidos por sociais-democratas e socialistas.