Greenpeace conhecerá sentença sobre protesto na Vicaima a 26 de Abril

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A defesa realçou os propósitos nobres da acção dos ambientalistas Paulo Novais/Lusa

Leonor Pinto, a advogada que representou os activistas, ausentes do julgamento, lembrou a existência no local de uma máquina Multibanco, acessível por toda a gente - o que significaria que o local era de acesso público -, e realçou os propósitos nobres da acção dos ambientalistas, chamar a atenção para a necessidade de uma boa gestão florestal, como factor atenuante de uma eventual pena.

Para o Ministério Público e para a acusação, os activistas devem ser condenados porque estavam em local que é propriedade da Vicaima, necessitando por isso de autorização do proprietário que não tinham, e foram detidos em flagrante delito.

Jorge Tavares de Almeida, advogado da Vicaima, pretendeu nas alegações demonstrar até que os actos corresponderiam a mais do que uma infracção. Segundo aquele causídico, os activistas, além de atentarem contra o direito à propriedade, tiveram a intenção de provocar dano à empresa e puseram em causa a honra e dignidade da Vicaima com as faixas que ostentavam.

Tavares de Almeida insistiu ainda nas alegações para que fosse fixada uma indemnização provisória na sentença do processo sumário, apesar da juíza já ter indeferido o requerimento que apresentou nesse sentido.

Luís Galrão, vice-presidente da Quercus, disse aos jornalistas que foi fotografada no parque de madeiras da Vicaima Indústria madeira de três fornecedores que, em 2004, estiveram envolvidos no abate ilegal de árvores, dois dos quais foram por isso multados.

O dirigente ambientalista tinha acabado de depor como testemunha arrolada pela defesa dos activistas da Greenpeace.