Sismo: Cerca de 160 mil mortos no sudeste asiático
As autoridades da Indonésia, o país mais afectado pela tragédia devido à sua proximidade do epicentro do sismo, a norte da ilha de Sumatra, indicaram que o sismo e o maremoto provocaram 107.039 mortos e 15.420 desaparecidos, sendo que o balanço anterior dava conta de 101.318 mortos confirmados.
Assim, em termos gerais, na Indonésia há ainda cerca de 6700 desaparecidos e 474.619 desalojados. Naquele país o drama assume proporções dramáticas, visto que várias localidades costeiras da ilha desapareceram por completo e todos os responsáveis internacionais que já visitaram o local se confessam chocados com o que viram.
No Sri Lanka, o segundo país mais afectado pelo sismo e pelo subsequente maremoto, 30.680 pessoas morreram e 4883 estão dadas como desaparecidas. As autoridades de Colombo calculam que o balanço final poderá ultrapassar os 42 mil mortos. Mais de 578.224 pessoas ficaram sem casa.
Na Índia, a região mais atingida foi o estado do Tamil Nadu, com 7793 mortos. Mas o número total de mortes confirmadas é de 10.001, existindo também 5689 desaparecidos, presumivelmente mortos. 379.630 desalojados encontram-se em 606 campos de acolhimentos.
No paraíso turístico da Tailândia há 5.305 mortos confirmados, dos quais 2516 estrangeiros e 211 pessoas das quais não foi possível estabelecer a origem, e 3498 desaparecidos, entre os quais oito portugueses.
O arquipélago das Maldivas também foi atingido, sofrendo a perda de 82 pessoas e o desaparecimento de 26, existindo perto de 13 mil pessoas desalojadas, segundo dados fornecidos pelo Governo.
Na Malásia há 68 mortos e vários desaparecidos na ilha turística de Penang e no Estado vizinho de Kedah.
Na Birmânia os relatos das consequências do sucedido tardam em chegar, devido ao regime militar que domina o país, mas sabe-se que há 59 mortos confirmados, segundo o primeiro-ministro Soe Win. Cerca de 3200 pessoas estão sem abrigo.
Na costa africana, a empobrecida Somália perdeu 298 pessoas e o sismo deixou 17 mil famílias desalojadas. Na Tanzânia houve pelo menos dez mortes e no Quénia registou-se um morto, em Mombaça.
No Bangladesh morreram duas pessoas, pai e filho, no naufrágio de um barco de turistas.