DGEMN e CML cooperam para candidatar Baixa a património mundial
De acordo com o protocolo de cooperação ontem assinado nos Paços do Concelho, que vigorará até à apresentação da candidatura lisboeta à distinção da UNESCO, ambas as entidades vão colaborar na realização do inventário patrimonial existente na Baixa pombalina, peça fundamental da candidatura. O município vai assim aproveitar o inventário constituído pela DGEMN, "o mais completo a nível nacional", sublinhou ontem o presidente da câmara, Carmona Rodrigues, e que utiliza um método (levantamento fotogramétrico corrigido do edificado) que já deu provas no processo de candidatura por parte da cidade brasileira de Paraty.
O director-geral Vasco Martins Costa congratulou-se com esta colaboração, que, disse, traduz reconhecimento por um "trabalho profundamente inovador e com vasto potencial de aplicação" desenvolvido pelos seus serviços.
Na sessão, no salão nobre dos Paços do Concelho, o presidente da câmara reafirmou a intenção de revitalizar a Baixa e anunciou para breve a realização de "fóruns alargados à população" sobre, por exemplo, a melhoria do comércio ou dos transportes locais. "Queremos uma Baixa viva e não um museu morto, queremos uma maior dinâmica de discussão e participação", disse.
Na ocasião foi lançado o nº 21 da revista "Monumentos", uma edição da DGEMN iniciada há dez anos, que contém um dossier sobre a Baixa pombalina onde se reúnem, disse ainda o autarca, "os mais recentes estudos técnicos e científicos", que deverão informar o processo de candidatura. Mais de 20 artigos estão reunidos neste número de 280 páginas - que também assinala os 75 anos da DGEMN -, assinados por autores como José-Augusto França, José Sarmento de Matos, Teresa Barata Salgueiro, Cóias e Silva, Paulo Varela Gomes, Walter Rossa ou Raquel Henriques da Silva.