O SIM recebeu do conselho de administração do Hospital de Faro a garantia de que serão pagas em breve as horas extraordinárias do mês passado.

"Mesmo assim, fica por satisfazer a reivindicação de retroactivos desde 1 de Janeiro de 2003", afirmou à Lusa o dirigente sindical Jorge Salvador, frisando que, "como a negociação não foi completa", a greve se mantém. A data para o fim da paralisação ainda não foi revelada.

Segundo o SIM, as negociações arrastam-se há seis meses, sem que as horas extraordinárias, em atraso desde Janeiro do ano passado, tenham sido pagas até agora.

"São milhares de horas em atraso e, em termos económicos, são alguns milhares de euros", disse o sindicalista, criticando a "incapacidade da Administração Regional de Saúde do Algarve em ultrapassar a situação".

Contudo, Jorge Salvador ressalvou que as conversações ainda estão a decorrer e que até à meia-noite de hoje a greve poderá ser desconvocada, "caso seja reposta a justiça e a legalidade".

De acordo com o sindicato, durante o período de greve ficam asseguradas as urgências e os serviços mínimos do serviço de pediatria.

Fonte do conselho de administração do Hospital de Faro confirmou à Lusa que as verbas das horas extraordinárias referentes a Agosto "já estão desbloqueadas e serão pagas a partir do mês de Outubro".

Todavia, a mesma fonte negou responsabilidades directas do hospital em relação aos retroactivos referentes ao ano passado. "O pagamento de Agosto é assumido pelo Hospital de Faro, mas as horas extraordinárias de 2003 não são nossa responsabilidade", referiu.

A Lusa tentou recolher informações junto da Administração Regional de Saúde do Algarve, mas uma fonte da instituição limitou-se a informar que esta já tinha dado todas as indicações ao Hospital de Faro sobre a forma de actuar.