A composição das imagens é cuidadosa como numa tela em que se escrevem os sentimentos controlados das personagens. Embora possua parentesco evidente com o "filme de samurais", opta sempre por um esteticismo requintado, que constitui a sua maior riqueza, estabelecendo também os seus limites: lento e documental no modo como trata as montanhas e as paisagens semi-desérticas, "O Guerreiro" procura o outro lado da espectacularidade, analisando pequenos gestos, violências gratuitas ou desesperos surdos. Tudo se conta com a simplicidade misteriosa de um percurso iniciático, exigindo do espectador uma atenção ao jogo dos corpos no espaço, como se cumprissem as etapas da desconstrução da epopeia num épico de câmara, com todas as surdinas e silêncios do mundo.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: